O tempo e tu
Tu e a chama
Coexistentes em meu
mundo
minha Era
Exalação de devaneios enlaçados
Em circulares muralhas sagradas
Numa só faísca um mundo aceso
Espontaneamente
De tuas mãos crepitam pautas em chamas
O delírio e tu
Que preenchem quebrados vértices
Onde nada coexistente é quebrado
Mundo fendido de quente jasmim
Que adormece
e em ventos me leva
O tempo
Vale de secretas sombras que dançam
E conspiram o secreto anunciar
( é de silabas o passo que faço
as sementes
que crescem em lírios de Sóis)
Teu é o Mundo onde nascem palavras
Onde o tempo emerge dos céus
Ganhando voz
espera…
O tempo e a quimera
A miragem e tu
Negação que não nego
Cada passo
Tua memória…
(São luas que trazes na
face)
Teu traço
(Eterno)
Que o ponteiro quebra
e do quebrado faz romper
o canto
exato