Afunila-se o túnel
Estreita-se o olhar
Para lá, o Sol
Dilatam-se as pupilas
Para lá da sina
Um rio para atravessar
Com ou sem margens
Com ou sem margens
Afunila-se o tempo
Aumentam os passos
(nenhum cerco me cerca
nenhuma sina me ensina
sou árvore em vaso quebrado)
O verso mal escrito
Na encruzilhada
Apagado
Rescrito
Agora Cinzelado
Ilumina-se o túnel
Refaz-se
o tempo
Para lá da
arcada
Esconde-se um florido
campo
(mão que estende
no defumar de uma eterna
fragrância…)
Etérea- harmonia
Sopro-começo
Palavra-minha