sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Em Espelhos partidos Existem sempre reflexos Reflectidos



Andando em círculos
Com os meus Espelhos
                            Alguém me vê?
Cegueira
Não, eu sei que não...

                          (minto-me)

Nuvens de mares
Têm tantas Faces

                        (confusão)
                             (beleza)
Círculos
             Sons inscritos

                      (passado)

Um dia tudo vai...

                    (presente)
E

Sonho a Sonho
Desgovernado corpo

                         (queda)

O chão aproxima-se

     Lentamente

Caio

      Caio

Caio...
             (dor)

             (incompreensão)

Entorpecido corpo doído

                      (resigna-se)

Lá em baixo
Que existe? (ignorância)

                     (expectativa)
Talvez eu voe....
                   (esperança)


Não!

Caio

       Caio

Caio....            (medo)

Onde estou?
Daqui tudo é tão alto
Lá de cima, tudo era tão baixo...
                      ( medo)

                          (expectativa)

                    Lágrimas

Espero voltar onde era meu lugar (fé)
O Céu nunca me disse que era impossível
Lá chegar...

O vento com ele traz as folhas
Eleva-me...
                                       (Espanto)
Posso...

Posso?                        (Felicidade)

Sensação, Sensação, Sensação
            (concretização)

A queda pode abrir caminhos por trilhar
Tudo no mundo tem o seu lugar.
Em espelhos partidos
Existem sempre reflexos
                                            Reflectidos


        (Conclusão. ) 

Quem foi que urdiu a Palavra?







Em tempos mais longe que o Longínquo
Foram Urdidas em Segredo

Palavras em doces mentiras

Ainda sem ter
           Sombra do relógio
                Sem o relógio ter sol.

Proferiram fantasias
                                   Quimeras mentiras

Onde quem urgiu,
Soltou em todo o Mundo

                                    O murmúrio disfarçado
  Em mão estendida.

Quando na verdade quem o dizia
Se esqueceu,
De contar de quem com a verdade
O Tocou e perdeu,
                                   
                                   De dor enlouqueceu.

Quem foi que urgiu a palavra Amor?


De minhas lágrimas crescem silvas
Urdidas palavras
Caladas
Sentidas
Agora são pétalas caídas.





Falsa Cor de Jardim





Como falsa vela
Eras candeia onde as Borboletas
Na noite buscavam Luz
Falsa candeia...
Que em volta tecias uma Teia

Haverás em tempos ouvir
Ouvirás em Tempos

Palavras Queimadas
Como Esporos derramados
Nascidos na ilusão de Ti

E serás...

Teia entrelaçada em veia
Escorrida em frias e aguçadas pedras

                  Passando as palavras ao lado de ti.

Falsa Imagem

Imagem opticalmente ilustrada

Detalhadamente usada

Miragem de Marfim

Fria

Deserta

Falsa palavra desfeita.

Gaiola enjaulada
Pássaro sem canto

Luz Apagada

                       Falsa Cor de Jardim.