domingo, 8 de março de 2015

Sibilinamente






Subitamente cessam as sílabas,
Silentes, comprimem-se oprimidas,
Sufocam-se silenciosamente, umas e outras,
Enredam-se como raízes,
Elevam-se ascendentemente,
Sibilinamente pertíssimo     da voz


Suprimida, a sílaba escuta-se retida,
Repetida, repetidamente,
(Infinitamente)


Dos ecos excedentes surde o silêncio,
Enunciando o eloquente ruído da sílaba muda,
Em sua retirada presença 


Ausente, a sílaba segmenta-se,
Subleva-se em díspar proporção,
Ressurge ímpar significado 


Sílabas perfeitamente soletradas
Inversamente des-construídas
Em progressiva reconstrução


Sucessivamente, as sílabas soltam-se num murmúrio flamejante
Como prece,  
Descendem sobre a hora provável,
Pertíssimo do prometimento,
Sibilinamente sol