segunda-feira, 31 de outubro de 2011

No Som da Noite


 

Quem se esconde   

                                   no som da noite?
São almas que se cruzam
No som       
                                no bater da respiração
Nos sons da noite
Oiço a ilusão
        a cada palavra na minha mão
Cai
                            Guardo-a
Hoje não é minha
Pode ser um dia
Que ela se renda
Na minha ironia...
                          Passo 
Vou na história
Há barcos do passado afundados
Em descrença
                     espero na espera
                                               Onde os sonhos são meus
Em faces que eu quero,
No escuro da noite
Há silêncios que me acordam.
                                                        
                                                DEVORAM.


domingo, 30 de outubro de 2011

Fôlego de fogo



Escada
         em
             escada
Cruzada
ASCENDE
Cruzo                                                                                                               
Uma encruzilhada
Em passos
Estáticos
Ondulação de sonhos 
Sonho a sonho
Acordo
Discordo
De mim. 
Fixo o tempo
Aquele
Que não existe
Aqui.
Flecha a flecha
Perco o arco
Não vejo a aresta
Apontada.

Som a som
Oiço o compasso
Que trespasso
Com a espada partida
Em mil pedaços

Desfaço
O ar que se atravessa
Em mim.


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

És Tu?





Espero por ti
Sempre
A cada manhã
Cada pôr de sol
Aguardo-te
A cada noite
Quero-te.
Amanheces em mim
Na minha alma
Tu não vês?

E não lês nas entrelinhas?
que a minha voz te aguarda?


Sonho-te
A cada sonho.

Com o desejo, que não sejas mais Um

Aguardo,
as tuas mãos para me despertar

Num leve toque...

Quem és tu?
Sei que o teu nome é Amor

Como serás?

Nunca te vi
Apenas te senti
Um dia em ilusão.

Ad Infinitum




Saudade é grito
Dado no
infinito
Em sonho que ninguém me espera


É lembrar de céus em esferas
Cornucópias a mil
Flores mortas


Saudade é meu chão
Porque não tenho outro
Lembranças
Que só esqueço,
Se de mim, esquecer


Saudade é meu
Grito!

Gravado no infinito.

sábado, 15 de outubro de 2011

Inversa Esfera





Descalça caminho
Por um manto de espinhos
Em meu corpo, a dor
Já não existe...
Cessou em minha Alma

Por isso,
Pergunto-te
Como quem nunca
Te perguntará nada...




Se eu pedisse que me desses
A mão...
Davas?

Oca e sem Luz...

Em mim só corre o sangue
Apenas o meu coração
Me diz que estou
Viva?!


Flutuo por entre sorrisos indecisos
Numa vivência á deriva


E...
Se eu te pedisse, um pouco da tua Alma?
Davas-ma?
Preciso de luz, apesar de ela se esconder
Ela me seduz...



Uma Alma por outra Alma
Será esta a minha estrada?
Tenho viva a memória dos dias que chovia
Mas o sol, brilhava
Como na noite, era dia...
                                           


Sou o destino que me ditaram?


                                                     Ou será este o destino que ditei ?


Será que ainda falta muito pró Sol chegar até aqui?




Sinto ainda o cheiro da Primavera,





                                                             Inversa Esfera do que sou.