Cesso negro verbo, chuva de meu clamor
Clamo a voz às pedras, face de meu sonho
Inerte é relógio parado
Parado
e ofuscado
Inerte é o som da melodia
(Cesso os dedos, chamo a Voz minha)
A sombra de minha sombra derruba muros
E os muros escondem mundos
Mundo de minha alma
Subo o passo no passo e o sonho meu
(Meu
é o caminho de pétalas
em ventos de jasmim
perfumes etéreos em nascimentos de Sóis)
Cesso o negro verbo sombra
Constantes cores me cercam
Pedras levitam
Formando letras, com elas insignificantes nomes
Cristais unem-se a meu corpo e meu corpo ao sonho
E o sonho à luz, verso de minha alma
Ecoam horas em cordas de liras
Flores nascem em caídos vidros
que ao segundo
Formam de novo, o Mundo.