terça-feira, 22 de maio de 2012

Fôlego Luz vida






Longe            meus traços

Perto caem areias nos passos

Desfazem-se todas as linhas

O tinteiro acabou

                 O aparo entortou

Esgotaram as penas

Escrevo a Pés de Perpétuas

                    Que tocam teu sino

Ditando meu destino


“São de mel teus passos, é de Luz tua sina”


É fogo cinza os porões
                                               Afundados
De asas as tempestades soltas

                       Longe            murcham teus traços

Rosa- Deserto findas


Pisei todos os cardos


Colho azul meio-dia


Perto  Fôlego  Luz  vida




terça-feira, 8 de maio de 2012

A Verdade da Alma que habita em Mim





Nas portas fechadas
Quebrei as janelas
Reflexo ainda sem nexo
                       Que espero aqui

Passada a primeira porta,
Atravessadas mais duas.
Desci a escadaria,
Sem lembrar do caminho     
                              Deixado pra trás

Escada a
              escada

Estranho era o pátio que me aguardava,

O céu era seu tecto.

(Vi- te caído em figuras que nunca vi
Guardados tesouros talhados
Pedras com vida
                           De um passado.
Coração cinzelado
Sem saber, era o meu
No meio das talhas já gastas
No meio das silvas)

Como poço que tem água
Tudo ali  me contou
Pela primeira vez,
                                    Vi a verdade da Alma que habita em mim.
Nas janelas abertas
Atravessei como portas
Em escadaria
                          Que desci
Estranho foi o tempo que senti.