terça-feira, 22 de maio de 2012

Fôlego Luz vida






Longe            meus traços

Perto caem areias nos passos

Desfazem-se todas as linhas

O tinteiro acabou

                 O aparo entortou

Esgotaram as penas

Escrevo a Pés de Perpétuas

                    Que tocam teu sino

Ditando meu destino


“São de mel teus passos, é de Luz tua sina”


É fogo cinza os porões
                                               Afundados
De asas as tempestades soltas

                       Longe            murcham teus traços

Rosa- Deserto findas


Pisei todos os cardos


Colho azul meio-dia


Perto  Fôlego  Luz  vida




4 comentários:

  1. O tinteiro acabou, mas felizmente ainda se escrevem bons poemas!
    Gostei!
    Beijos

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  2. fogo luz vida este poema em traços de mel num desassombro de tinta.
    a.d.o.r.o. sempre m.u.i.t.o
    passar aqui e inundar-me de luz viva:-)

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  3. longinquiamente próximo é todo o verso em fogo disperso
    entre traços (inacabados)
    entre passos (perpetuados)

    Bjo.

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  4. Também gosto da tua poesia experimentalista.
    A criatividade é a tua palavra de ordem.
    Beijo, querida amiga.

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