quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Vento Frio de Palavras






Palavras são cordéis de arame

                             Enegrecem
Pisam repisam



Amarga água

         Onde mortas eclodem rosas

Espinhos

Dilaceram              esquartejam

Esmurram a alma



São                             eco



Propagam-se sem explosão

                           Em gelo

São cordéis de roca afiada



Palavras ao vento

                Enleiam recalcam a alma 

5 comentários:

  1. As palavras estendem-se num eco semblante
    No sopro de um vento adverso,
    Escutam-se, confundem-se, enredam-se,
    Sussurram-se
    Como liturgia fúnebre de um mito

    Mortas, as palavras são rosas


    As palavras são punhais cravados de espinhos,
    No sopro ardente de um fogo,
    São brasas, são cinzas

    Ateiam-se, inflamam-se, deflagram-se
    Na explosão do corpo exposto à memória

    Mortas, as palavras são rosas

    (...)

    Belo, belo

    Dorido, Dorido

    (de meu poetar, inspirado no teu, levo versos,
    e quando assim me acontece é porque o poema me tocou profundamente)

    Bjo.

    ResponderExcluir
  2. Com certeza existem as palavras mordais que oriunda do vento frio

    de pessoas gélidas,estas arranham a alma. Porém, acredito que não

    fazem morada nas almas luminosas.

    Para mim, a tua voz poética traz o vento suave,

    o voo das borboletas em liberdade...

    Gosto muito de ti, poetisa!

    Beijinhos,amiga.

    ResponderExcluir
  3. ...doem... bem no fundo do peito. Valha-nos o calor da alma.

    Um prazer lê-la.
    bj
    cvb

    ResponderExcluir
  4. palavras que o vento não leva
    belas
    mesmo de dor
    um breve sorrir ao ler-te
    sempre e tanto
    amor

    Bj.º

    ResponderExcluir