Sem som
Sem vento
Sem
continuidade
Sequer o mínimo momento
Ou espaço- fala
Cedo apenas
A imensidão de uma metade quebrada
A palavra esquecida no deserto
Um tempo nada em vago tempo
Em
demasia
Um lugar inexistente
Sem claridade
Sem sombra
Sequer uma partícula de pó
Apenas um desordenado traço
em ruída rua
Ascendendo imperativa travessia
As ruas ruem soterrando nossos passos
ResponderExcluirEnquanto o percurso
inaudível
continuamente incontínuo
prossegue
impassível
Cedemos, então, ao espaço do verso
ascendendo à poesia que marca o caminho
Belo
Bjo.
Era este o poema que eu precisava de ler,
ResponderExcluirde sentir como se fosse um tempo meu
ou "uma metade quebrada"
aqui e agora.
Obrigada, Maria João.
Um abraço
Que bela travessia, percorrendo a profundeza da alma,
ResponderExcluiratingindo um silêncio do nada que é o todo.
E na beleza da tua poética a luminosidade das
palavras registram o essencial...
Muito,muito lindo, Maria!
Beijinhos, querida.
Por vezes o silêncio é necessário para encontrar o caminho...
ResponderExcluirUm abraço :)
Presa a um sopro de vento
ResponderExcluirA tua poesia é arte. Venho aqui admirá-la como se de um quadro artístico se tratasse.
ResponderExcluirAs travessias, geralmente, são dolorosas. Depois surgirá a claridade...
Bjo, Maria João :)