Um mundo sem sol
Sem chuva
O presságio
sem sentimento
Limbo
Corda que no pescoço é laço
Que não escorre
Corrente insuficiente para a viagem,
Demasiada para cair
O fumo do cigarro que raramente tem sabor
Mas, quando exala, dissolve-se um
Após
outro
Essa linha densa que nos separa
Irreal irrealidade real
De um dia de chuva sem capa, o que disse…?
Que a discordância existe
Só
Sim, ela é só…
O tempo advém de nós
Porque o sentimos em todas as variantes
Limbo não entendido
És tu
Sou eu
Que interessa o sol ser fogo
Se não tens asas
Se a negritude total te desse luz
Se assim fosse
Se o mundo sol só fosse
ResponderExcluirE a negra tempestade nenhuma emoção trouxesse
Se discordantes fossem os presságios
Lassos os nós, Esparsos os laços
Se nosso tempo fosse por nós criado
Na recriação da real irrealidade que nos habita
Se assim fosse, seriamos verso, seguramente poema
(...)
Sublinho a conseguida intersecção das vozes
(onde se inclui o discurso interrogativo directo, que gostei particularmente)
A emoção intensa que perpassa o poema e nos toca
E a leituras paralelas que sugere
Gostei muito
Um dos teus que mais me tocou, como (espero) se ouça
Bjo.
O mundo está neste abismo de negritude inconsciente;atos mecânicos numa
ResponderExcluirdensa realidade,desencontros numa surda escuta,mas o humano não tem asas,
mas tem sonhos... E o dia que nasce com o sol (luz) faz a diferença...
Belo poema que cresce (em luz) na excelente declamação do Filipe!
Beijinhos.
O deslizar de sensações expressas em verso ou ou expressar de pensamentos "soltos" a propósito de uma inquietude algo inexplicável. Olhares expressivos numa certa inexpressividade de momentos de um real...
ResponderExcluirA tua poesia tem um cariz sui generis que aprecio. Vale por si só!
Bjo, Maria João :)
Um poema que li e reli, umas quantas vezes, assim como o excelente comentário do Filipe.
ResponderExcluirPerfeito! Um poema feito Luz!!
Beijinho...:)
Se assim fosse seria realmente um limbo... Mas será que não o é, por vezes, tantas vezes...?
ResponderExcluirBjs, Maria João
e o tempo apenas é.
ResponderExcluirnão corre, não se perde, não se recupera: é!
ouVer foi maravilhoso.
Bj.º
Penso que o mundo depende do nosso estado de espírito...Gostei, Maria.
ResponderExcluirBeijos!
Um complexo desfiar de sentidos.
ResponderExcluirBelo poema.
Cpts
Bravo, Maria João Mendes! O poema merece tornar-se voz
ResponderExcluircomo tão bem fez Filipe Campos Melo.
Beijo.