Queria percorrer o verso
Escrever o concreto sem na verdade ser
Ser a leveza das pedras por onde passo
Contudo, só verso escorrido
Tela imersa em óleo fumegante
A mesma palavra fragmentada
Minúsculas incisões inscritas
Que de tão concretas são vagas
entre
n
tempo
(Nosoma-nosomos )
Talvez,
Inventar
uma esquina
Uma janela nunca desenhada
Delimitar um espaço
Reinventar um alfabeto
Uma rua onde o tempo não se propaga
Demonstrar que tempestade, nem sempre é ventania
Oi Maria!
ResponderExcluirPrimeiro quero registrar a minha saudade de ler-te...
Concreto,o mundo é pesado e as vezes aprisiona palavras,diminui os espaços
respiráveis de afeto e sedimenta a mesmice das estradas conhecidas (rotinas).
A poesia é uma janela e para os poetas um caminho a transfigurar o cimento
da dureza das pedras,em pontos luminosos inventados que voam
na inspiração.
Eu entrei nesta tua bela janela (poesia) e voei alto...
Este teu belíssimo poema me tocou (emocionou) profundamente.
Beijinhos grandes,querida.
Na tua poesia não cabe o concreto, Maria João, tão só porque ela é sui generis, arte de palavras (re)inventadas, intersetadas pela tua peculiar criatividade.
ResponderExcluirNa tua poesia não cabe o mundo que conhecemos...
Adoroo sempre ler-te, precisamente porque interpreto arte...
BJO :)
Percorrer do corpo o corpo do tempo
ResponderExcluirEscrever os ventos afastando a invernia
Inscrever, num sólido seixo, as incisas palavras
Ser Concrecta
Minusculamente elevada num verso-ventania
Talvez vaga
Circular pela água
Inconcretamente certificar o contorno angular de um canto esquecido
Vago, talvez
Delimitar o espaço irregular de um poema
Num tempo improrrogável
Ser Leve
Levemente Inconcreta
Bjo.
Tempestade pode até ser brisa...! ;)
ResponderExcluirbeijinhos
Uma janela que se abre à leveza e à substância da palavra.
ResponderExcluirRealmente apetece voar!
Beijo, Maria.
Maravilhoso! Os poemas são feitos de palavras inventadas...
ResponderExcluirBeijo
Graça