terça-feira, 8 de maio de 2012

A Verdade da Alma que habita em Mim





Nas portas fechadas
Quebrei as janelas
Reflexo ainda sem nexo
                       Que espero aqui

Passada a primeira porta,
Atravessadas mais duas.
Desci a escadaria,
Sem lembrar do caminho     
                              Deixado pra trás

Escada a
              escada

Estranho era o pátio que me aguardava,

O céu era seu tecto.

(Vi- te caído em figuras que nunca vi
Guardados tesouros talhados
Pedras com vida
                           De um passado.
Coração cinzelado
Sem saber, era o meu
No meio das talhas já gastas
No meio das silvas)

Como poço que tem água
Tudo ali  me contou
Pela primeira vez,
                                    Vi a verdade da Alma que habita em mim.
Nas janelas abertas
Atravessei como portas
Em escadaria
                          Que desci
Estranho foi o tempo que senti.
                                 

2 comentários:

  1. encontrei 3 poemas (pelo menos) num só.
    fascinante descida sentida na verdade habitada do caminho esquecido da janela fechada
    a
    b
    e
    r
    t
    a

    a luz que é poesia.

    (adorei)

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  2. É estranho o tempo
    São estranhas as atravessadas portas que atravesso
    e o pátio que lhes sucede
    É estranho este meu cristalino reflexo, como verso d´agua.


    Nada estrana é a tua poesia, sempre bela e tocante.

    Bjo.

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