Na distorção nenhuma voz se escuta
Nenhuma
vogal se vê
Tempos entre os tempos somados
Que sobram sem vez
Pautas de sonhos estilhaçados
Inspiradas no vapor das ondas do mar
Onde
jazem palavras ocultas
Quebram as asas molhadas
Que se dissolvem no sal
Vazias presas nas teias do tempo
Nenhuma voz é voz numa pauta rasgada
Nenhum tempo é tempo numa fracção inacabada
Escuta-se a visão distorce-se o silêncio
(todas as visões são alteradas)
Nenhuma nota tem vez
Querida amiga,
ResponderExcluirA distorção é uma leitura de olhos cegos para
profundidade, verdade oculta e a beleza rara...
"Escuta-se a visão distorce o silêncio
(todas as visões são alteradas)
Nenhuma nota tem vez"
Agora,impossível é fazer uma leitura superficial
na tua profunda poesia, não sentir a verdade
das tuas palavras e não admirar a beleza rara
do teu universo poético.
Muito belo e tocante!!
Beijinhos grandes.
A voz tem multíplices timbres
ResponderExcluirO silêncio multiplica a voz
Distorção
Progressivo eco em regressivo tempo
“Na distorção nenhuma voz se escuta
Nenhuma vogal se vê
Tempos entre os tempos somados
Que sobram sem vez”
Intermezzo tempo
Da pausa acontece o tom
Sonoro fragmento
Onomatopeia
Palavra-ordenata
Oculta pauta de vapor
“Pautas de sonhos estilhaçados
Inspiradas no vapor das ondas do mar
Onde jazem palavras ocultas”
Apartada a palavra
O sonho submerge
O sol dissolve-se
Como tempo-sódio sobre areias de sal
“Quebram as asas molhadas
Que se dissolvem no sal
Vazias presas nas teias do tempo”
Nenhuma voz é voz numa pauta rasgada
Nenhum tempo é tempo numa fracção inacabada”
Distorção
Progressivo tempo em regressivo eco
“Escuta-se a visão distorce-se o silêncio
(todas as visões são alteradas)
Nenhuma nota tem vez”
O silêncio tem multíplices timbres
A ausência mutila a voz
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Na tua poesia em evidente crescendo
O verso aprofunda-se, matura-se, excede-se
Um poema, como se lê, inspirador
Gostei Muito
Bjo.
(PS: aviso sério
Para os devidos e antecipados efeitos informo e declaro que utilizarei na minha escrita alguns dos versos que sobre os teus compus)
Mas não têm distorção as tuas palavras.
ResponderExcluirExcelente poema, gostei muito.
Maria João, tem uma boa semana.
Beijo.
olá Maria João
ResponderExcluirbelo o teu poema, leva-nos às profundezas do silêncio, onde se refazem e se idealizam novos sonhos, novas imagens, para sobrepor àquelas que naufragaram nas ondas do mar, na imensidão da vida...
bj
Olá, Maria João!
ResponderExcluirEnredei-me no teu poema e gostei muito.
Fazes-nos mergulhar fundo para conseguirmos captar a voz do silêncio.
Nas teias do tempo
que a visão distorce
envio um estilhaçado beijo.
Teresa
e todas as notas t~em voz neste poema música. sem distorção. um beijo.
ResponderExcluirNão consigo, comentar no teu blogue, á um tempo atrás aparecia a dizer que era só para convidados, nem conseguia entrar,(cheguei a pensar que tinhas posto o blogue privado! :( mas, já vi que não :) agora consigo, mas caio:(
ExcluirBeijo
Acho que fui infectada por um vírus desgraçado do blogue there is only1alice...Fechei porque tinha medo de contagiar outros blogues. mas agora acho que está bom, penso...mas ainda há quem se queixe. a ver se resolvo:-)
ExcluirBeijinhos e obrigada
Não são as palavras que se distorcem, é quem as diz... E a tua voz de poeta não é nunca distorcida!
ResponderExcluirBeijos, boa semana
Passei para te ler.
ResponderExcluirMas reli... e com agrado.
Beijo, querida amiga.
Olá, Maria João
ResponderExcluirVi agradecer a visita, e dizer-te que estou com saudades de ler coisas novas por aqui! Fico à espera! :)
Beijos
Beijinhos e bom resto de semana.
ResponderExcluirBoa noite, Maria João :)
ResponderExcluirPasso e regresso sempre,
para reler
e mergulhar nos silêncios do tempo
e na profundidade das tuas reflexões
redescobrir o sentido invisível dos dias:)
Muito obrigada, amiga.
Continuação de boa semana. Beijinho.