segunda-feira, 22 de julho de 2013

Vislumbre






Não me fujas como galopes de cavalos entrançados no pó

Não sejas diamante negro em petróleo, que meus olhos outrora grandes,agora vêem tempestades

Não sejas espiga pegada a minha roupa que cai com o vento

Nem veneno que bebo e morro sem saber, não me sejas oculto na escuridão nem luz na vela que te chamo 

Sê- me espaço de amores

                                                       Ondas em vagas


Que ainda espero que cubram meu corpo, dança-me sorrisos

                                                                                      canta-me abraços

                                              Não sejas areia fina em vendaval

                                                                                      Sê rodopio

                             Como ave encantada



Olha-me devagar e divaga mas não me vagues

Leio as sílabas da Mente, quando mente

E calo.

Por isso, sê-me só.

E dança…



18 comentários:

  1. Olhar devagar... gostei da expressão e de todo o poema.
    Fico encantado, mais uma vez, com o teu poema.
    Um beijo, querida amiga Maria João.

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  2. Um poema estruturado em 3 partes

    O medo, a crença, o silencioso apelo


    Medo
    Lento veneno lento que dentro adentra
    ocupando
    ocultando

    A dúvida lenta
    que da ruína se levanta
    como fogo
    como vento
    no incessante passar do tempo


    Crença
    Provir
    Lugar
    Liberto
    insubmisso espaço de insubmisso corpo
    breve valsa
    quase sopro


    Silêncio
    Minto
    Desminto
    Apelo


    Bjo.





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  3. Amiga,como admiro este teu talento poético de vestir

    as palavras no sentido enigmático e profundamente nos

    transmitir um magnetismo do mistério, do oculto e do belo...

    Sinto sempre a tua poesia no movimento de asas

    bailando sobre essa realidade de concreto, de muito ilusória,

    mas os sonhos são feitos de matéria de voo...

    Assim,a tua bela poesia...

    Adoro ler-te!!

    Beijinhos.

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  4. Belissimo poema, um apelo intenso e profundo ao verdadeiro amor.
    Maria João peço desculpa de só agora a visitar mas questões pessoais têm roubado o meu tempo e a disposição de navegar pela net. Virei visitá-la sempre que conseguir.
    Beijinhos
    Maria

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  5. As suas palavras transpiram de emoção... "dança-me sorrisos, canta-me abraços"... como o amor é belo às mãos dos poetas.
    Gosto de a ler.
    Beijinho
    Ruthia d'O Berço do Mundo

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  6. e porque és tanto_______________ s~e-lo-á sómente. E dançará sem parar.

    Sublime!

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  7. A sua poesia é linda e feita de palavras e significados enormes que sempre me cabem.

    Beijinhos.

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  8. Sublime poema, onde cada palavra é esculpida com arte...

    Deixo beijos!!

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  9. Mostrar-se é muito vezes necessário.

    Lindo.

    bjos

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  10. O que se quer, o que não se quer, e tudo isso numa estrutura estética de palavras digna de realce.
    Gostei muito, Maria João!

    Beijo :)

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  11. Que inspiração tão feliz!

    O teu poema é profundo, desmedido e subtil como um bater de asas.

    O teu poema é uma viagem no entusiasmo de ser e de querer ter quem seja.

    Até apetece cantar-te um abraço na dança de um sorriso - seria

    vulgar felicitar-te doutra maneira.

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  12. Maravilhoso!! De realçar também a disposição formal muito bem conseguida!!

    Abraço e boa semana!

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  14. Não há nada melhos do que pôr os pontos nos is...
    Um magnífico poema, gostei.
    Maria João, querida amiga, tem uma boa semana.
    Beijos.

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  15. O prazer de ler tua poesia vem, sobretudo, do cariz enimático que está inerente à imagética das palavras que usas com maestria.

    Bjo :)

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