quarta-feira, 15 de maio de 2013

Mundo de minha Alma







Cesso negro verbo, chuva de meu clamor

Clamo a voz às pedras, face de meu sonho

Inerte é relógio parado
                                       Parado e ofuscado

                                 Inerte é o som da melodia


(Cesso os dedos, chamo a Voz minha)


A sombra de minha sombra derruba muros

                       E os muros escondem mundos

 Mundo de minha alma

Subo o passo no passo e o sonho meu

                
  Clamo à terra, assente a mim

  (Meu é o caminho de pétalas
                       em ventos de jasmim
                perfumes etéreos em nascimentos de Sóis
    

Cesso o negro verbo sombra

Constantes cores me cercam

                                      Pedras levitam

Formando letras, com elas insignificantes nomes

Cristais unem-se a meu corpo e meu corpo ao sonho

                        E o sonho à luz, verso de minha alma


Ecoam horas em cordas de liras

              Flores nascem em caídos vidros

                         que ao segundo

                                     Formam de novo, o Mundo.

15 comentários:

  1. Gosto muito da poesia da tua alma.
    Este poema é brilhante. Gostei imenso.

    Um beijo, minha querida amiga.

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  2. "A sombra de minha sombra derruba muros" - Adoro!
    Mais um lindo poema, Maria João!
    Beijinho!

    Isa Lisboa
    => Instantâneos a preto e branco
    => Os dias em que olho o Mundo
    => Pense fora da caixa

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  3. Que belo mundo é o mundo da tua alma,que habita a mais pura poesia. Construída em

    nascimentos de sóis,espalhada em ventos de jasmim em caminho de luz,sonho e versos

    que transcendem significados...

    O tempo da tua voz poética derruba muros,ecoa ao mundo a beleza do Ser único

    que presentifica...

    Um poema grandioso e belíssimo!!

    Adorei,amiga!

    Beijinhos.

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  4. o verso constrói mundos
    cessa as sombras
    restitui os passos

    Como terra
    sobre as pedras
    sobre as pétalas

    sob a voz do vento

    como cristais

    ___________

    Uma intima e profunda reconstrução do mundos
    nos tons de uma bela alma
    nas palavras de uma escrita em constante ebulição

    Bjo.

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  5. Minha querida amiga Maria João, tem uma boa semana.
    Beijo.

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  6. "...Cristais unem-se a meu corpo e meu corpo ao sonho

    E o sonho à luz, verso de minha alma..."

    E o teu verso tem uma melodia única!

    Beijo meu.


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  7. A tua alma está fora do teu eu. Toma o mundo exterior e (re)constrói-o
    à medida dessa mesma alma. É como se fosse uma bola que atiras contra uma parede e a apanhas com pena de a expores a um tempo que a magoou nesse percurso.

    A tua alma é o (teu) MUNDO.

    Arte poética. Transcende...

    Bjo, Maria João :)

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  8. Olá Maria João. Muito obrigada pela sua amável presença lá no blog... vim espreitar igualmente o seu canto e porque gosto de amantes das palavras (e também porque amizade com amizade se paga), já me registei.
    Virei visitá-la mais vezes.
    Um abraço
    Ruthia d'O Berço do Mundo

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  9. Um poema que nos percorre por dentro...
    Maravilhoso te ler, Maria João.

    Beijinho.

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  10. Cheguei aqui por acaso... e voei no tempo, para lá do tempo!!!

    Deixo beijinho com carinho!

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  11. Vim à procura de mais.
    Mas reli o teu excelente poema, porque vale mesmo a pena lê-lo várias vezes.
    Um beijo, minha querida amiga Maria João.

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  12. o muro esconde o mundo, o mundo dá vida ás sombras, o lindo poema constrói vida, sombras e muros.

    ag

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  13. Um verso de alma - da tua alma - é um cristal, uma partícula de mundo tão singular e bela, cuja sombra ecoa ( vezes sem conta) dentro de quem [te]lê.

    Um beijinho e a minha admiração pela tua escrita.

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